A espiritualidade da crise ambiental
Um trecho da coluna desta quinzena no UOL:
Minha utopia em termos espirituais é um mundo em que não haja mais “pessoas espirituais”, no sentido de que ver ou buscar a realidade como ela é não deveria ser algo excepcional, que precisa ser classificado como um interesse exótico. Esse deveria ser um processo natural e universal. Do mesmo modo, não haveria “ambientalistas” e “ecologistas”. Não é estranho que lendo as notícias encontramos frases como a seguinte?
“Já ambientalistas afirmam que esse projeto de lei é uma invasão às terras indígenas e ao seu próprio direto de existir.”
Ou seja, “ambientalistas” integram aquele grupo anômalo de seres que se preocupam com coisas como natureza, povos originários, o ar que respiramos, o ambiente que vivemos. É como se isso fosse algo antinatural! Nessa visão, o normal e natural é destruir e explorar.