Como a mídia pode ajudar na crise ambiental
Trecho da coluna no Ecoa UOL desta semana:
Não é que os maiores desmatamentos, ondas de calor e desastres ambientais de todos os tempos não estejam sendo noticiados. Mas é que a história toda não está sendo contada.
Por exemplo, qual é a relação de desastres climáticos (em certas áreas, seca e calor extremos; em outras, chuvas destruidoras) com a extinção das florestas nativas e a poluição industrial? Por que o governo favorece empresas que destroem (como na iminente aprovação do PL do Veneno)? Como lidarmos com o aspecto destrutivo da expansão (agro)industrial, além dos informativos fictícios sobre sustentabilidade? Quais as consequências em nossas vidas da continuidade da aniquilação da Amazônia? O que acontecerá se continuarmos lançando na atmosfera toneladas de gases do aquecimento das indústrias, desmatamento e pecuária? Aquilo que sofremos hoje, como clima extremo e crise energética, é consequência de quais ações e inações das décadas passadas? Além das versões corporativas sobre como continuar lucrando com a situação, que outras alternativas temos? Que medidas podemos tomar para mitigar a degradação ambiental que já não tem mais volta? Como viver com a perspectiva de um mundo cada vez pior?
Há um silêncio em torno dessas questões. Ele se torna particularmente gritante quando reconhecemos que essas não são questões supérfluas, mas afetam absolutamente todos os aspectos de nossas vidas.